GANHANDO AS CRIANÇAS PARA JESUS
1. ESTAMOS DEIXANDO AS CRIANÇAS IREM A JESUS? (vv.15,26)
Deixar é um verbo, uma ação que significa não continuar a reter. Não interromper. É consentir. É isso que precisamos fazer e agir quanto às crianças. Precisamos consentir e não reter as crianças desse privilégio e necessidade.
As palavras de Jesus aconteceram exatamente em função de os próprios discípulos terem criado uma situação que serviu para Jesus os ensinar sobre a importância e o valor das crianças. Às vezes, prestemos atenção nisso, pensamos que estamos fazendo o certo e cometemos erro. Os discípulos pensavam que estavam ajudando Jesus. Jesus atendia e falava para muitas pessoas e eu imagino que as crianças estivessem fazendo aquele barulho peculiar. Fazê-las calar ou impor um comportamento não era uma atitude sábia por parte dos discípulos, exatamente quando a prioridade deveria ser a de fazer uma leitura correta do momento oportuno de permitir que elas fossem a Jesus.
As crianças têm o direito de ir a Jesus. Elas têm direitos na vida espiritual. Deixar as crianças desenvolverem suas vidas com Jesus é um direito que elas possuem e que nós, adultos, precisamos favorecer e proporcionar. As crianças têm o direito de ver em nós uma postura honesta, sincera e digna em relação ao que Jesus é e representa para elas. Ao mesmo tempo, precisamos reconhecer que podemos sutilmente influenciá-las a fazer “uma decisão” de seguir a Cristo.
Deixar as crianças irem a Jesus implica algumas coisas importantes. É aplicar ensinos bíblicos de acordo com suas idades. Entendo que falar de Jesus o mais cedo possível é algo importante. Quando as crianças irão a Jesus? Quando nós aproveitarmos as oportunidades naturais que surgirem e procurarmos criar outras a fim de transmitir ensino. É preciso preparar o coração das crianças para que estas saibam honrar e respeitar a Deus e seus ensinos na Palavra. Não podemos jamais esquecer que Jesus é o Salvador também das crianças. Essa evangelização das crianças precisa começar em nossa casa, no caso de um lar crente. Desde cedo os pais precisam falar do Salvador com cânticos, orações e histórias bíblicas.
2. ESTAMOS IMPEDINDO CRIANÇAS DE IREM A JESUS? (v.16)
O verbo impedir traz a ideia de embaraçar, estorvar, dificultar, atravancar. A nossa postura cristã precisa ser de tal forma que essas coisas não aconteçam quanto a nossa missão de ganhar os pequeninos para Jesus.
“Não as impeçais de virem a mim”, disse Jesus. Quantas vezes e de maneiras diversas nós estamos criando embaraços e dificultando as crianças de conhecerem o dom da graça. Quantos embaraços principalmente nós, os adultos, criamos, não é verdade? Algumas vezes por falta de informação, outras vezes por nossos temperamentos desequilibrados. Sabe como nós as impedimos de estarem com Jesus? Quando somos indignos e duvidosos em nossa fé, quando somos incoerentes em nosso viver, quando somos débeis em nosso falar, quando somos rudes em nossas atitudes. As crianças precisam e querem ver em seus pais, seus líderes, seus professores e familiares atitudes que se coadunem com o nosso discurso. Impedimos as crianças de irem a Jesus quando falamos de forma enfática de pecado e culpa, mas falta-nos inteligência suficiente para falarmos e praticarmos o perdão e o amor. Somos mais punitivos do que prontos para o perdão. Quando a criança não se decide por Jesus nessa fase encontra mais obstáculos na fase adulta pelo fato de ter sido treinada a ver o perdão de forma diminuta diante de seu gigantesco pecado.
3. ESTAMOS ENTENDENDO QUE DELAS É O REINO DE DEUS? (v.16)
Jesus fala da vida eterna para as crianças. A promessa de salvação e eternidade se estendem para as crianças. Essas palavras de Jesus significam que Ele se identifica com as crianças para abençoá-las. Significam ainda que a promessa de vida eterna e salvação se estendem a elas. Jesus estava ensinando que as crianças têm o direito de possuírem o reino dos Céus. Jesus disse, “porque delas é o Reino”. Elas são integrantes da promessa do Reino.
Quando ainda na idade não alcançada da razão, quando ainda não sabem discernir entre o bem e o mal, quando ainda não possuem consciência própria e real do pecado, são cobertas e seguras pela graça de Deus, e não por sua inocência, caso precisem dessa graça para escaparem da condenação. Paulo diz: “Eis porque, como por meio de um só homem o pecado entrou no mundo e, pelo pecado, a morte, e assim a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram…" (Romanos 5.12). O pecado, que é morte da alma, se propaga de Adão a todos os seus descendentes por geração e não por imitação, e é inerente a cada indivíduo. Portanto, é preciso que entendamos essas palavras de Jesus sabendo que as crianças são pecadoras desde o nascimento. Ninguém nasce inocente, pois todos somos pecadores por natureza. Precisamos entender que as crianças não herdam o reino dos céus de forma automática por serem crianças, mas a promessa de terem o Reino foi proclamada por Jesus e é isso que devemos fazer também.
Quando alcançam a idade da razão, as crianças precisam receber Jesus, que as espera para aplicar a eficiência e eficácia de seu sacrifício na cruz do Calvário, mediante arrependimento e fé. Precisamos oferecer o direito da criança de ter o reino dos Céus. Para tanto, elas precisam de Cristo em suas vidas.
PARA PENSAR E AGIR
Portanto, trabalhemos com afinco, trabalhemos com dedicação com as nossas crianças. Levem as crianças à igreja. Habituem-se a frequentar o templo e a trazê-las à Escola Bíblica Dominical. Invistam nas crianças com oração e com a Palavra. Não tornemos relativo o que não pode ser. Façamos o maior investimento na vida das crianças. Falemos de Cristo com palavras e gestos. Falemos de Cristo com cânticos e orações. Falemos de Cristo com a nossa vida.
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